Após muitas especulações e boatos foi oficializado nessa semana o rompimento dos, até então inseparáveis, músicos que acompanhavam o cantor e compositor David Quinlan em seu ministério musical chamado Paixão, Fogo e Glória. A separação não foi pacífica e os lados ainda divergem sobre os porque e declarações.
O Paixão, Fogo e Glória era composto por, além do líder e fundador David Quilnan, o baterista Samuel, o guitarrista Roger, o tecladista Dan e o baixista André, agora David procura novos músicos para integrar o ministério com ele e viajar pelo país e o mundo com o PFG.
Confira, nas palavras do próprio David Quinlan, o que e como aconteceu esse rompimento entre os músicos:
Tudo que está acontecendo é resultado de uma decisão tomada por eles, eles não foram forçados a nada, muito pelo contrário, se fosse por mim tocaríamos juntos até os sessenta, setenta… (vide encarte do CD Liberdade)
A história começa há mais de um ano atrás quando em um determinado vôo pelo Brasil afora, o Samuel (baterista), levanta-se do seu assento, próximo de onde estavam os outros músicos, e se aproxima de mim com a seguinte proposta: “David, o que você pensa da gente (músicos) chamar um outro vocalista e montar uma banda paralela?”. Eu disse: “Não. Este tipo de coisa não funciona – (depois explico).” Ele, então, mudou de assunto e depois voltou para o lugar de onde tinha vindo e ninguém mais mencionou este assunto… comigo.
Alguns meses atrás, após um fim de semana de ministração incrível, uma pessoa do meu escritório me ligou e me direcionou a um site na internet onde se encontravam algumas fotos profissionais com nome e tudo de um novo “ministério” (que depois virou banda) com quatro músicos e um vocalista. Fiquei chocado ao ver que os músicos eram os mesmos que eu tinha em meu ministério. Imagine descobrir algo assim pela internet, especialmente depois da conversa que eu havia tido com o Samuel. O vocalista da banda Khorus (esta banda não tem nada a ver com este assunto – que Deus continue os abençoando) foi trazido do estado do Espírito Santo para estas fotos profissionais serem tiradas em algum ponto de BH, ou seja, acontecimento bem premeditado. Já tinha até mesmo um site (em construção) disponível na internet, fora uma comunidade no Orkut com algumas centenas de membros, ou seja, havia tempo que isto estava acontecendo. Com o passar do tempo até eu recebi em minha caixa de email pessoal links de terceiros para conhecer esta nova banda; diziam:
“Agora é oficial! Com um estilo novo… a banda FREEDOM já cumpre agenda em vários estados brasileiros… Os ex-integrantes do PFG deixaram o ministério apoiados pelo próprio Pr. David Quinlan, que os abençoou e apoiou na nova fase. Aguardem CD em breve…” (email e site de onde esta matéria foi extraída estão arquivados e à disposição).
Imagine o choque! Apoiei e nem sabia.
Boquiaberto, convoquei uma reunião para tentar descobrir o que estava acontecendo. Na ocasião eles me contaram do sonho que possuíam de montar uma banda de rock para tocar músicas mais pesadas.
Sonhar é bom e eu sempre incentivei, mas espera um pouco, se for sonhar e se for capaz, sonhe em montar uma banda do zero e não tomar a minha!!! Não consigo acreditar que numa certa manhã todos acordaram na mesma hora com o mesmo desejo: “Vou montar uma banda de rock pesado”. Eu investi anos da minha vida nestes músicos, os honrei por toda a nação brasileira e também no exterior, financeiramente falando, ofereci o melhor para todos eles (caso não acredite, pergunte a eles o que fizemos por cada um da próxima vez que os encontrar ou escreva perguntando…). Tudo que sempre foi negociado e acordado por ambas as partes foi feito! Mesmo quando faltavam recursos, tirávamos (Bebel e eu) do próprio bolso para dar para eles, tamanha era a importância deles como amigos e parte do ministério; faço isto por qualquer um que esteja comigo. Eu os incentivava e muitos sabem que sempre participavam de muitas produções paralelas. Davam aulas, faziam workshops, vendiam milhas de vôos feitas em função de convites recebidos pelo ministério, acredite, mensalmente, ganhavam bem. Eu sei, que em momento algum reclamaram em sua nota a respeito desta situação, mas em função disto tudo eu esperava um pouco mais de consideração. Apesar deles mesmos colocarem em sua nota que “eram meus funcionários”, eu nunca os vi assim, e sempre os tratei como família.
Em minha opinião, em função de tudo o que fiz e do amor que sempre demonstrei a eles, o mentor deste projeto (ninguém admitiu ser este mentor), caso estivesse insatisfeito com a situação atual ou ministerial, ou se porventura tivesse grandes sonhos para o seu futuro próprio, deveria ter saído do ministério de uma forma honrosa e deixar os demais membros da minha equipe em paz, só que, em vez de fazer isto, minou os demais com idéias, possibilidades, insatisfações e agora queria levar a banda completa. Perder um músico/amigo é difícil, agora perder os quatro de uma só vez…
Durante nossa primeira reunião o Roger e o Dan disseram que o Samuel não tinha informado a eles a respeito da nossa conversa no avião, contudo, o André admitiu ter ouvido esta história do Samuel – inclusive disse que o seu próprio pai (um pastor renomado e abençoado de BH, um homem de Deus que aprendemos a admirar e que nos recebeu maravilhosamente bem quando fomos ministramos em sua igreja) havia sabiamente lhe orientado que era importante me informarem do que estavam fazendo – isto não aconteceu. Samuel também me disse que sempre encorajava os demais rapazes a me informar a respeito de seus planos – isto também nunca aconteceu.
Após a reunião, dei alguns dias (mais de 30) para que pudessem conversar e chegar a um consenso quanto a ficar comigo ou seguir os seus sonhos, ou seja, dentro ou fora. Na primeira reunião eu havia dito que tinha que ser um ou outro. A escolha seria deles. Por que? A gente viaja muito, você sabe disto internauta, sem contar o tempo que cada um tem que dar aos assuntos e situações pessoais – tipo família… Em função disto tudo eles não teriam como honrar os dois compromissos, ou seja, ministério e banda sem falar na família, filho, vida pessoal, outros compromissos…
Mediante a graça de Deus temos recebido muitos convites para ministrar ao redor do Brasil e fora também, sendo que às vezes alguns convites chegam com poucos dias de antecedência, ou seja, mais cedo ou mais tarde haveria conflito de agenda, isto era inevitável. Não daria certo. Não haveria como conciliar todas as responsabilidades, e acredite, eu acabaria sendo pressionado… Para mim não dava, tinha que ser um ou o outro! Deixei isto bem claro.
Após o período estipulado para que eles decidissem, marcamos uma segunda reunião. A princípio a conversa foi bastante light, tudo parecia bem, daí então, o Samuel me disse que eles queriam seguir os seus “próprios” sonhos e dar continuidade ao que tinham iniciado. Fiquei triste, confesso, não esperava por isto, mas tudo bem, tomaram a decisão que queriam e daí para frente estariam fora. Opção deles!
Daí então, expuseram o desejo de serem demitidos por mim para poder receber os direitos que vem com a demissão. Embora este assunto não tivesse sido abordado por mim na reunião anterior (atestado pelo próprio Roger), um dos outros integrantes entendeu que caso quisessem sair, eu os demitiria. Demitir??? O meu desejo pessoal era que ficássemos velhos juntos, jamais desejaria que isto acontecesse. O sonho que eles estavam perseguindo não me incluía, contudo, não iria mentir para mim mesmo e muito menos para o governo demitindo-os, afirmando que este era o meu desejo; não era minha e sim uma escolha pessoal deles. Estava disposto a dar tudo, todos os direitos que possuíam, menos mentir. Com o passar do tempo, em função de tudo que já fiz por eles, teria dado e feito até mais…
Pedi para que tocassem comigo até o final do ano para que eu pudesse montar e treinar uma outra equipe – concordaram. Confesso, que daí para frente não foi fácil pra mim, havia um turbilhão de pensamentos que enchiam minha cabeça; “por que?”, “onde errei?”… Viajamos para Curitiba onde ministramos, repito, não foi fácil.
Nota: o texto sublinhado a seguir se refere e foi extraído da nota de esclarecimento que publicaram em seus sites e orkut’s próprios.
Daqui pra frente a situação se complica. Segundo a nota publicada por eles: “Não existe processo contra ele (David) movido por nenhum de nós quatro (Roger Franco, Dan Marinho, André Davila e Samuel de Oliveira).” Talvez oficialmente falando realmente não exista – não entendo muito desta aérea, mas existe um advogado que se diz representar os quatro ligando para o nosso escritório e agora para o nosso advogado nos acusando de um monte de coisas e pedindo altos valores como indenização para os quatro. Estranho não? Queria expor valores para você ver que a nossa luta realmente não é contra carne ou sangue, mas fui orientado contra. Contudo, enfatizo, eu sempre fiz tudo que foi negociado e acordado por nós, sempre fui transparente. Negociado – Acordado – Feito e ponto final. Por que isto? Onde está a honra de um cristão que quer “sonhar, crescer, e espalhar a palavra de Deus para quem realmente necessita dela”? Não dá para entender e para ser sincero, iniciar uma banda assim com “meias” verdades em “nome de Deus” não é correto; não é isto que a Bíblia ensina.
Após este contato feito pelo advogado deles, (repito, apesar de termos o advogado do Ministério, quem ligou para o escritório foi o advogado dos músicos e depois este já esteve presente na sede do escritório do nosso advogado abordando o que os músicos querem) ficou inviável viajar e ministrar com eles. Não sei quanto a você leitor, mas eu não consigo ser hipócrita… Ministrar como se estivesse tudo bem? Falar sobre paixão e alegria com o coração pesaroso em função de um – nem sei como chamar – “processo, ação, demanda, oferta?” sendo movida por pessoas que estão atrás de você no palco ou na plataforma tocando contigo? Pra mim não dá. Disseram em sua nota que “estavam á minha disposição”. Assim não, desse jeito não…
Após este contato, as acusações e a “petição” por dinheiro as coisas mudaram. Tive que montar uma equipe provisória às pressas – já passei por três nas últimas três semanas – para poder cumprir a minha agenda; imagine o trabalho que isto tem gerado. Tirei as fotos deles da página inicial do meu site e também da página dos integrantes, primeiro por não condizer com a equipe provisória (alguns ainda são provisórios) que está me acompanhando hoje e principalmente para preservar a imagem de todos.
Agora, dizer que “descobriram que não eram mais integrantes pelo site” é forçar a barra! “Comigo ou sem…migo”; “dentro ou fora”; “PFG ou os seus sonhos” foram as minhas palavras; eles optaram por sair, seguir os seus sonhos – foram duas opções, não três! Perguntei a cada um e todos estavam de comum acordo – “Vamos continuar com a nossa banda” disseram. Eu entendi assim: “David, escolhemos a opção dois: estamos fora”. Segundo a postura deles, eles estão insinuando que sairão só se eu os demitir. Você acha esta ação correta? Eu não. É atitude de quem apenas deseja servir o reino de Deus com o seu dom? Creio que não. E como trabalhar com alguém que possui esta mentalidade? Dentro ou fora, não tem entrelinhas; é difícil de entender? Aparentemente, sim.
“Estamos sem receber o salário de novembro (mês trabalhado) e ponto final”. Uma vez que contrataram um advogado para fazer ponte entre eles e nós fizemos o mesmo. Antes do advogado deles entrar em cena tínhamos acabado de pagar uma parte do décimo terceiro (você conhece muitos músicos que ganham o décimo terceiro…, férias? Pois é…). Teríamos pago o salário também, mas agora estamos agindo segundo as orientações do nosso advogado, bem como eles.
Como disse no início, não queria chegar a este ponto, mas já que disseram em sua nota: “Até aqui esta é a única verdade”, preciso confrontá-los e expor a verdade segundo tudo que me foi possível fazer por eles diante de Deus e dos homens e deixar bem claro que tenho todo o material acima mencionado como fotos, sites, orkut, flyers promocionais, testemunhas e “pedidos” do advogado que os representa arquivados e à disposição.
Sei que não deve estar sendo fácil para eles, mas acredite para nós muito menos, e nada justifica o que estão fazendo. Poderia ter sido diferente. Eu gostaria que tivesse sido diferente, mas não foi e não por minha opção.
Enfim, agradeço o apoio de amigos, pastores, ministros, produtores e músicos que estão ligando de vários estados do Brasil todos os dias para nos oferecer apoio, oração e muito mais… É nesta hora que descobrimos os verdadeiros amigos.
Enfim, graças a Deus por Jesus – o Reino de Deus está acima destas coisas – creia!
A situação será resolvida…
Continuamos a jornada para honra e glória do Único que é digno – JESUS!
A aventura continua… e que aventura…
Obrigado pela sua paciência,
Sinceramente,
David M. Quinlan
Fontes:
http://musica.gospelmais.com.br/
http://www.voltados.com/noticias.html